Se a aprendizagem foi recompensadora, o mesmo não se pode dizer dos legumes. As alfaces, as únicas que cresceram satisfatoriamente e proporcionaram umas saborosas saladas.
As "sempre vivas" também se deram bem, mas como foram adquiridas como rúcula, deixaram um pequeno "amargo de boca" com o avançar do seu crescimento, minimizado com o florir que coloriu e alegrou o interior da estufa.
Os morangueiros cresceram bem, até chegar o fruto, pareceu que o chá de composto não era suficiente, os morangos cresceram pouco e as folhas começaram a ficar amarelas.
Os feijoeiros também se desenvolveram bem enquanto eram apenas caule e folha, e até deram flores, mas as vagens ficaram raquíticas, não se desenvolvendo convenientemente. Não sei se terá sido problema na polinização ou falta de nutrientes do chá de composto.
Mas chegaram os dias quentes de verão (que este ano foi fraquinho) e com eles chegou uma pequena tragédia. O calor tornou-se insuportável, apesar da instalação temporária de uma ventoinha e de todos os esforços, não se verificaram melhorias. O ambiente dentro da estufa estava muito quente, a própria solução "biopónica" estava a aquecer de dia para dia... Retiramos as plantas todas e aproveitamos o que se conseguiu, principalmente os pequenitos morangos.
Com a continuação dos dias quentes a própria estrutura em PVC começou a dar de si, os tubos concebidos para estarem protegidos da meteorologia não resistiram ao calor e começaram a deformar-se e as emendas a partir.
Removemos o plástico da cobertura e aguardamos o fim do verão. A fotografia que se segue não se recomenda aos olhos mais sensíveis, é o resultado de "apenas" 3 meses de abandono.
Em traços largos aprendemos o seguinte:
-Não se constroem estufas em tubo PVC não preparado para o efeito;
-O uso de uma tela no chão da estufa é fortemente recomendado;
-Janelas nunca são demais.
Outra coisa que temos de rever é a composição do chá, das duas uma, ou se consegue melhorar esta mistura, ou teremos de troca-la pelas soluções hidropónicas disponíveis nas lojas.