quinta-feira, 21 de novembro de 2013

Bioponia?

Faço esta publicação para contextualizar a escolha da bioponia, termo que não tenho absoluta certeza de estar bem empregue.
Desmontando a palavra: BIO - biológico; PONIA - do grego trabalho, labuta... assim temos: trabalho realizado por seres vivos. E penso que isto resume o que eu pretendo na minha estufa,

pôr os bichinhos a 
trabalhar para mim ")

Na minha óptica, esta técnica deriva de outras duas, precursoras de várias outras técnicas com pequenas nuances, a ver:

  • HIDROPONIA, onde são adicionados nutrientes em pó na água que é levada às raízes das nossas plantas. Obriga a uma monitorização constante dos níveis de nutrientes e da acidez da água (PH). A grande vantagem deste método é a produtividade conseguida, no caso de se conseguir manter os níveis óptimos de nutrientes para cada espécie vegetal cultivada.
  • AQUAPONIA, que usa os resíduos fornecidos por peixes, e os restos da sua alimentação, para enriquecer a água que é levada até às raízes dos vegetais. Esta técnica implica o cuidado simultâneo com os peixes e as plantas em termos de qualidade de água. Todos os parâmetros devem ser tidos em conta para beneficiar tanto as espécies animais como as vegetais. Como vantagem temos a troca de nutrientes em pó por comida* para peixes, simplificando assim a intervenção humana. Tem ainda a possibilidade de criação de peixe para alimentação como produto paralelo.
    *comida: podem ser rações, comidas desidratadas ou vivas, e até, se os peixes forem herbívoros, espécies vegetais criadas no circuito de água do nosso sistema.
  • existem outras técnicas, e daí a minha confusão no termo mais correcto a utilizar ORGANOPONIA, VERMÍPONIA, HIDROPONIA ORGÂNICA, BIOPONIA, HIDROPONIA BIOLÓGICA....

Então o que é a BIOPONIA para mim? De modo simples, é um sistema hidropónico sem a introdução de nutrientes fabricados em laboratório, indo busca-los a caldas/sopas/chás de nutrientes. Estas soluções de nutrientes têm origem orgânica: desperdícios vegetais ou estes processados por vermicompostagem.
Como a composição destas soluções pode estar deficiente em alguns componentes, poderemos ter a necessidade de adicionar fertilizantes. Nesta eventualidade, serão apenas usados fertilizantes biológicos.

Posto isto, para mim, a BIOPONIA será o método mais biológico e sustentável para criar espécies vegetais, sem utilizar peixes e todas as implicações que isso pode acarretar.

fontes principais:

quarta-feira, 20 de novembro de 2013

Preparação do terreno para a estufa biopónica I

Os trabalhos são lentos, lentinhos, quase parados, mas aqui ficam as fotos das evoluções.

Aqui vai nascer a estufa biopónica. Parece slogan de um qualquer político, não sendo, espero que o objecto veja rapidamente a luz do dia.

Começamos por podar fortemente um damasqueiro que insistia em não dar fruto, e uma árvore de nashipati cujos frutos não eram muito apreciados cá em casa.



A foto é do dia seguinte, já com as árvores arrancadas e com o terreno mexido com escarificador. Foram precisos alguns cavalos de força para tirar da terra estas duas raízes.

Entretanto na oficina vão nascendo os suportes que vão segurar os tubos. São em madeira reaproveitada das janelas da casa, por isso além de serem grátis, ganhamos em espaço disponível para outras coisas.

Vamos sofrer um pequeno atraso devido a outras ocorrências aqui no quintal, que podem alterar um pouco o projecto inicial... Até ter certezas, não digo mais nada. Não estranhem se a próxima publicação demorar um pouco mais.

quarta-feira, 13 de novembro de 2013

o começo de uma nova aventura...

O tempo livre é bastante e o espaço disponível ajuda, assim, ao ver uma reportagem na televisão sobre alguém que fazia hidroponia numa varanda, veio-me a ideia à cabeça. Da investigação e pesquisa à aquisição dos primeiros materiais foi um pequeno passo.

Envolvi a família nesta aventura, 
onde todos podem opinar, 
basta para isso colaborar ") 

Neste momento apenas temos umas ideias do que queremos, e isso resume-se, em traços largos, a uma estufa hidropónica. Para isso vamos ter de construir a estufa, bem como, os suportes para o sistema onde vão crescer as espécies que escolhermos.

As espécies de que se vai falando aqui são alfaces, agriões, espinafres, rúcula, manjericão... em suma, algumas sabemos que funcionam e outras que queremos testar. Embora saiba que já está quase tudo inventado no que diz respeito a este tipo de cultura, o meu maior interesse é ter uma aprendizagem empírica num projecto familiar. Os erros são o que temos de mais certo mas, por outro lado, acredito que daqui a uns tempos vamos ter saladinhas crescidas cá em casa, sem grande esforço e com muito sabor.

Vou procurar dar conta das evoluções com alguma frequência, ou melhor, com a frequência do ritmo da natureza, que nestas coisas quem manda é a mãe terra.